segunda-feira, 8 de março de 2010

Colegas, amigas, conhecidas (ou não), o dia é nosso.

HOje é o dia que até a mais desleixada das mulheres passa um batom para ir pra rua. Não é só uma data no papel pra movimentar o comércio, é o nosso dia. O dia da ala feminina, nós queridas companheiras que sabemos a dificuldade, de um ser humano que faz xixi sentado, em utilizar um banheiro público ou do gênero, fazendo malabares para não encostar se naquele vaso imundo com urina por toda a tampa, e ainda assim não deixar a blosa amada cair no chão molhado com papel sujo colado nos cantos e ainda por cima impedir que a porta (sempre com o trinco quebrado) seja aberta por um estranho super apertado. Esse post não é um post "como hj é dia das mulheres vou esculhambar com a ala masculina" magina, porque é o nosso dia, então falo de nós, quanto a eles eu tenho um espaço enorme em outros posts para esculhambar (ra!).
Só não apareça nenhum marmanjo na minha frente falando "ah mas não tem o dia dos homens!" pq todo dia é dia do homem, não percebeu que só tem um dia ( um único dia em especial) para a turma dos excluidos?!
Tem o dia do Índio, o dia do deficiente, o dia contra o preconceito racial, e por aí vai...
Nós mulheres, que aprendemos desde de cedo a lavar nossa própria roupa intima, treinamos desde muito pequena a se destacar na auto maquiagem (comendo quase pela metade o batom da mãma), aprendendo que podemos viver e cuidar da casa sem os homens (porque ganhávamos várias bonecas e barbies, e um ou nenhum Ken)... eita vidinha.
Nós que andamos divinamente em cima de um salto mega alto, ou um sapato mega apertado, ou com a costura da roupa pegando ou apertando algum canto, mas com um sorriso perfeito disfarçando o baita sofrimento, só para o filho da mãe te achar linda. OU porque a maldição de sapato começou a pegar no calcanhar bem na hora que vc chegou na festa.
Sabemos a diferença da cor bege para a creme, palha, e a champanhe.
Conseguimos segurar um bebê no colo enquanto atendemos ao telefone e ficamos de olho no ponto da comida que está no fogo.
Tendo apenas um corpo com dois pés, deixamos o mundo muito mais colorido utilizando roupas e sapatos em numero suficiente para vestir uma escola de samba. Apesar de nunca termos roupa de fato na hora de escolher a peça coringa para sair...
Sabemos ser doces, decorar receitas fáceis, e mover apenas alguns móveis para deixar um comodo maior, sabemos medir a quantidade que rende cada produto na cozinha (ou não), e como são divertidas aquelas promoções de lojas em cima da hora, onde você faz amizade com a fofa que procura a mesma peça que você. Dizemos OI a todas as pessoas no salão, mesmo não conhecendo nem medate delas.
A lista é infina para uma única criatura sobre a terra. Se somos a salvação ou a perdição desse mundo, eu não sei responder, mas que ele não teria a mínima graça se não fossemos tão exoticamente diferentes... ah ele não teria!

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