segunda-feira, 7 de março de 2011

♫ São as águas de março ferrando o verão... ♫♫

Eu nunca tive nenhum problema específico coma chuva. Sempre gostei, acho que ela meio que serve de abrigo, refúgio para a calma, auto conhecimento, ou pelo simples fato de você arrancar seu USB do mundo, e para para respirar.
O problema é quando passa uma, duas semanas, e a chuva não passa. Já foram feito todos os "programinhas" para celebra -la: dormir, dormir com edredon, assistir filme e dormir, ver dvd e dormir, ler, dormir mais cedo, dormir mais tarde, ficar em casa e dormir, sair na rua e querer voltar a dormir... e por aí vai. Então você percebe que já quitou todas as suas horas de sono atrasado, e que está começando a faltar roupa (já que as que você lavou a dois dias ainda estão húmidas lá no varal), as toalhas de banho sentem a falta do sol, não tanto como suas plantinhas nem os passarinhos que passeavam pelo quintal, mas sentem. Os dias começam a murchar, e você a se sentir gelado e molhado demais. A programação da tevê é um lixo, e a palavra "embolorar" começa a rodear seus pensamentos.
É o momento que os sentimentos começam a ficar iguais, e começa a bater uma tristeza, uma mini angústia, que o clima só ajuda a aumentar.
Daí eu começo a migrar para aquelas músicas que se alguém ouvir, com um wisk e uma corda, é morte na certa. E na falta de noticias boas você lê as ruins mesmo tipo "cicrano mata beltrano com alicate de cúticula e foge para o caribe".... Eu começo a ler Caio Fernando Abreu. O cara é fera, mas é o rei do vamos nos deprimir e beber todas. Daí vem aquelas frases mestres, que só servem para minar o dia e fazer a nostalgia ganhar um aspecto ruim, trazendo aquela burrada da sua vida que você não lembrava a meses a tona, ou aquela cena que pediu para esquecer, ou aquilo que você jamais acreditou ouvir na vida...
Enfim dias de chuva, em excesso, fazem mal.
muito mal mesmo.

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