segunda-feira, 22 de junho de 2009

Enterrando algumas coisinhas

Espero aqui, sem mais nenhuma espera te enterrar de uma vez.
Enterar as frases, as imagens, as músicas, as palavras, você.
E todo esse sentimento emoticamente estranho, de quem parece que gosta de sofrer, de se cortar e ficar passando a unha no meio do rasgo sempre que parece que vai cicatrizar.
Vou entenrrar as dúvidas, e todo aquele tralala que faz minutos, horas passarem sem sair do lugar, sem arrumar explicação. Perder saúde com idéias que não desconectam da sua cabeça.
Você está lá o tempo todo. Está na sala, no quarto, na cozinha, nos cds, nas fotos, no chão, nas janelas, nas revistas, na tv e no rádio. Fora da casa também, no vento, no céu (feliz ou triste) nas estrelas e nuvens que escondem seu rosto, na brisa que acalma e no vento que gela, na calçada marcada, no risco do tronco da árvore. Aquele trincado na parede forma a letra do seu nome? Aquela frase da música você fez pra mim?Está chovendo ou caindo lágrimas do céu? Aquele bolo na garganta, na boca do estômago é a comida entalada?Será? Será que isso é o tudo, ou será que é doença?
Será que o silêncio, a ausência de palavras, de atitudes, fez da distância algo maior do que realmente era? Ou na verdade nunca houve distancia que fosse maior que uma ligação, uma carta, cartão, pombo correio, visita surpresa, trem, navio, bicicleta pra ser medido?
SErão enterradas noites em claro, sonhos adormecidos, angustias infundadas.
Com muita terra, sem coroa de flores, sem lágrimas, sem data de falecimento guardada.
E novamente, eu te enterro, pela ultima vez.

Um comentário:

Marina Franco disse...

flor, vc já está linkada no meu blog há um tempão!hahahahaha
beijos