Realizei todo um balanço de dados mentalmente para um post de encerramento de semestre e início de férias.
O problema é que férias só é férias quando se encerra tudo pra coçar em casa o resto do mês. E não é o caso.
O caso é que o motivo mor de eu ter abandonado minha cidade-amizade (vulgo terra do nunca) se encerrou, no momento.
Tirando algumas pendências muito muito muito pendentes, eu já me encontro prontinha pra voltar (seja de ônibus, navio ou vassoura) embora;
Então comecei a pensar nas coisas que eu sentiria falta, situações e criaturas que me prendem aqui. percebi que vou sentir falta. Sen-tir-fal-ta. Ta aí duas palavras que eu nunca pensaria em usar pra se referir a esse lugar, no início do ano que tiver que virar bonito sozinha.
Será estranho acordar sem barulho de passos acima da minha cabeça, os 547963218 gatos se dono que a mulher do bloco ao lado alimenta (eu também jogo uns petiscos mas morre aqui entre nós), o sol quando bate a tarde e deixa o lugar alaranjado, as janelas, mesmo com grades, mostrando as crianças se matando enquanto voltam da escola e pessoas levando seus cachorros passear, os vizinhos que não faço idéia de quem são, o projeto de cantora gospel que mora ao lado, e por que não lembrar a cara de bunda de um ou outro porteiro (aqui tem vários)....
Meus cactos, QUEM VAI CUIDAR DOS MEU CACTOS? meu bonequinho do homem de ferro....
Começaram a se formar perguntas semelhantes as que eu fiz da minha casa quando vim pra cá.
É tão estranho, começar a se acostumar com o que não é da gente, com o que não devemos se apegar, com o que vamos abandonar a qualquer momento...
Nenhum comentário:
Postar um comentário